o último dia 31 de julho o Conselho Monetário Nacional, formado pelos ministros da Fazenda, Planejamento e presidente do Banco Central, anunciou duas medidas que vão aquecer o mercado imobiliário nacional a partir de janeiro de 2019. Os efeitos positivos das medidas beneficiarão a indústria da construção civil e habitação de Mato Grosso, somando-se às condições favoráveis da economia local.As medidas são a flexibilização do crédito imobiliário por parte dos bancos e autorização para usar recursos do FGTS para financiamento de imóveis com valor até R$ 1,5 milhão.As regras atuais obrigam os bancos a utilizarem quase todo o montante de recursos da poupança para o financiar imóveis pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) que tem juros pré-definidos, dificultando aos bancos negociar suas carteiras com investidores estrangeiros. Para cumprirem as prerrogativas estabelecidas pelo Banco Central os grandes bancos aplicam quase a totalidade dos recursos obrigatórios em títulos imobiliários, como Letras de Crédito Imobiliário –LCI e Recibos de Crédito Imobiliário – RCI e pouco aplicam em financiamentos diretamente para construção ou aquisição de novas habitações.Com as novas regras, os bancos terão mais liberdade e autonomia para aplicação dos recursos captados em poupança, sem o atual engessamento imposto pelo Conselho Monetário Nacional e rigorosamente fiscalizado pelo Banco Central. Com mais autonomia para aplicação dos recursos captados no mercado, espera-se que aumente a concorrência para oferta de crédito imobiliário, os bancos emprestem mais para a construção de moradias e a juros menores que os atuais, beneficiando os consumidores.A outra medida, que autoriza a utilização de recursos das contas individuais dos trabalhadores do FGTS para aquisição de imóveis com valores até R$ 1,5 milhão também vai impulsionar o mercado. Atualmente os recursos do FGTS somente podiam ser sacados para aquisição de imóveis avaliados até R$ 950 mil.